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Autor: Laurineide da Silva  

Tamanho: 14x21 cm
Capa normal: 96 páginas
Idioma: Português 

ISBN: 9786586118285

Peso: 123 gramas 

Tia da internet

R$38.00Preço
  • Não sei quando comecei a entender que eu, eu também, era responsável. Responsável por causa da minha inércia, da minha indiferença, da minha posição confortável, que me faziam simplesmente pensar: “não posso fazer nada”.
    A minha indignação não faria diferença. A minha repulsa não faria diferença. O meu grito não faria a diferença. Para demonstrar o meu descontentamento, só havia uma possibilidade: votar em branco.

    Não escolher ninguém, entre os candidatos que me apontavam e em quem eu não confiava. Eu era só parte do povo, e o povo não tinha vez nem voz. Eu costumava dizer: “o Brasil ainda é dos mesmos”. E era. O Brasil era dos mesmos políticos, dos mesmos partidos, dos mesmos candidatos indicados pelos partidos, dos mesmos velhos raposos que ocupavam o galinheiro, digo, o poder. E, mais do que tudo, o Brasil pertencia à mesma força que era ainda não sei se um pouco menor — ou maior — do que a dos políticos: a mídia.

    Em especial a Rede Globo de Televisão, que deixei de assistir há décadas, depois das novelas e programas cheios de sexo e depravação e, acima de tudo, que demonstravam como era conivente com governos corruptos e que nos envergonhavam.

  • Laurineide da Silva: Pernambucana, nasceu em Timbaúba, Pernambuco. Estudou no Grupo Escolar Elizabeth Lira e fez o Curso Pedagógico no Colégio Santa Maria. Estudou também, por poucos anos, no Colégio Cenecista, abandonando o Curso Científico para fazer faculdade de Letras em Nazaré da Mata. Tendo sido nomeada para trabalhar no Banco do Brasil, na cidade de Santa Maria da Vitória, na Bahia, também abandonou o curso de Letras. 

    É a segunda em uma mara-vilhosa lista de cinco gerações vivas, em que constam mãe, filha (ela), neta, bisneta e tataraneto.Sempre diz que, em qual-quer lugar que more, nunca foi ela mesma. Mas se orgulha de, em sua terra natal, ser “a filha de Luiza do Finado Laurindo”, e, em Santa Maria da Vitória, “a mulher de Martinho Leite”.

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